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terça-feira, 15 de janeiro de 2008
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Inimigas no Teatro do Bourbon Country
Um comentário:
Mas olha o respeito, rapaz? Aqui é um espaço para os homens comentarem suas inimigas íntimas?
Que se rale, sou a primeira e vou comentar:
Certa vez (não vou dar muitas pistas pois a "miga íntima" pode visitar o blog, URGH), eu comprei uma Vogue, comprei porque tinha uma modelo com um corte de cabelo sensacional. A revista foi folheada em companhia - claro que a companhia era a "miga", oras!
Olhei a página e bati o olho no corte. A página tinha uma porção de fotos montadas, não era um editorial, com foto em destaque ou coisa parecida: eram fotos de tamanhos variados e, por sinal, a foto com o corte que me agradava era bem discreta. Com isso, supus que só eu havia visto a imagem. Acreditei que imagens de organdis e tecidos de luxo pudessem ter mais destaque do que o singelo cabelo - detalhe, não era só o corte, mas o tom do cabelo - LINDO!
Voltei pra casa com minha revista. Fiz o que tinha que fazer e, à noite, uma amiga me telefonou (era sexta-feira) perguntando se eu não queria sair com ela - "sim, vamos! Chama as outras gurias!" - respondi.
Notem que, da compra da revista até o encontro com minhas amigas, eu não tive como programar um cabeleireiro, certo? Fomos primeiro para um barzinho, depois fomos para um danceteria. Lá, precisamente lá, meu chão se abriu: a infeliz que estava comigo quando comprei a revista tinha feito o exato corte - IGUAL (coisa que eu não seria capaz, pois acho de última alguém copiar ao pé da letra um corte de cabelo, uma combinação de roupa, etc). Eu não consegui, sequer, cumprimentá-la. Eu tive vontade de escalpelá-la e usar o escalpe como tapete de banheiro.
Mas não é por essa questão do corte de cabelo que me zanguei a esse ponto: ela exalava uma sensualidade atípica e, de tão magnética, conquistou justo quem eu estava de olho - QUE ÓDIO!
Um corte copiado pode ser resultado de uma completa falta de bom-senso, mas, um corte copiado, numa tarde de sexta-feira, do interior de uma revista Vogue que nem todo mundo leu ou viu, aliado a um magnetismo sensual exemplar, ah, essa fórmula é de dar nos nervos... porque funcionou, tal qual eu vislumbrava!
FIM
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